Eu-lírico do Blog

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São Carlos, SP, Brazil
Tenho um coração mais mole que sagu e muitos cachinhos que contam histórias. Do resto, sou metida, fresca e vivo no mundo da lua. Fim.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Depois

Minha vida está uma completa bagunça. Não que algum dia ela tenha sido organizada, mas, pelo contrário, essa bagunça é gradativa. O tempo passa, os compromissos surgem, as responsabilidades evoluem e lá se foram as minhas 24 horas. Chega ser engraçado, mas, teoricamente, meus dias têm muito mais que meras 24 horas. E é tanta coisa, que lá se foram todas elas. O tempo é traiçoeiro. E, eu, desorganizada. Mas, enfim, é assim.
Não tenho tempo pra blog, música, estudos, amigos. E normalmente só me agendo pra depois. Aliás, estou num estágio avançado, só tenho horário vago depois que o depois acabar.
É. Até esse post chega a me envergonhar. Quase um mês e nada. Continua parado. Congelado. Resolvi postar. Quem sabe assim eu me animo e valorizo mais o hoje, o agora. Ou, então, que fique mesmo pra depois.

domingo, 1 de agosto de 2010

Frustração, Masoquismo e Úlceras Aftosas

Absurdamente pequenas, terrivelmente irritantes. Milhares de soluções, todas elas deploráveis. Própolis, Xilocaína, Triancinolona Acetonida. Até folha de violeta me indicaram. É, coisa de vó. Mas e se a dor persistir? Por que não tentar? Vinagre, sal, limão. Qualquer coisa que a queime - é o que dizem. Dizem. Mas não é fácil assim. E o medo da dor? Pode arder. Pode não. Vai arder.
Pra ajudar, meu corpo reage com contrariedade. O intelecto manda, a língua não obedece. Comportamento cinestésico? Ou o problema é masoquismo? É preciso sentí-la. Não basta saber que ela está ali. Então, a língua a alcança. A saliva a atinge. O incêndio começa. Não há o que o apague. As lágrimas embaçam a vista. Na certa, querem apagar o tal fogo. Pena que a tentativa seja inútil. Afinal, lágrimas não têm poder de cura. E se tivessem? Seria o suficiente? Creio que não. Não tratando-se delas.
Boto minha cabeça pra funcionar. E ela dá milhares de voltas na tentativa de encontrar uma explicação. O que ela faz ali? Por que eu? O que eu fiz? É problema emocional? Lesão? Infecção? Foi algo que eu comi? Beijo? Ah, beijo não. Mundança hormonal? Também não. Sua origem é - quase sempre - desconhecida. Mas tanto faz. Daqui a pouco a dor passa. Será? Não sei e não se pode ter certeza.
O que eu sei é que essas aftas me colocam pra pensar. E me incomodam extremamente. Profundamente. Eu reconheço os seus primeiros sinais e minha vida se desmorona. Não consigo ficar em paz. Não consigo ser a mesma. Não com elas ali, ou, melhor, aqui. Mas a vida continua. A gente que se acostume.