Eu-lírico do Blog

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São Carlos, SP, Brazil
Tenho um coração mais mole que sagu e muitos cachinhos que contam histórias. Do resto, sou metida, fresca e vivo no mundo da lua. Fim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

238 dias

Um punhado de momentos, algumas lembranças, restos de uma história qualquer. Fantasmas? Pode ser. Não que seja o nome certo pra isso. Mas como essas lembranças causam calo dentro da gente, por enquanto serve. É difícl definir a saudade, o pouco que ficou do que se foi. A gente não explica, apenas sente. Por fora a gente quer mostrar que é forte e que pode tudo. Quando, na verdade, não pode nada. A gente chega a pensar que pode afogar os soluços num travesseiro ou numa garrafa de bebida barata. Amenizar a dor com aquela música heavy metal e dar risada do destino com os amigos não faz da dor uma piada. Tentar esquecer e pular fora não existe. A gente só se engana se pensar que pode ser assim. Daí sofre mais, até o dobro. O jeito é ir devagar, sentindo as alfinetadas de leve. É doloroso, mas não se engane, todos passarão por isso. A não ser que... a não ser que você guarde aí uma caverna. Me desculpe, mas a minha eu chamo de peito. Aí dá nisso mesmo.

Um comentário:

  1. Raquel, cheguei ao ser blog, curioso para saber o que seus textos tinham a oferecer, e vi puro sentimento, pura reflexão introspectiva nas suas palavras. As lembranças doem mesmo, sempre passamos por isso, como você disse, mas não podemos nos abalar, ou podemos. Devemos, pois a dor nos faz crescer e nos faz ser humanos. Sentimos dores não somente físicas, mas memoriais. A memória é o que nos faz sempre crescermos, porque lembramos e desenvolvemos o nosso caminho vivencial. a mais pura poesia o seu post, parabéns.

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